Quando algumas pessoas me diziam que organizar um casamento dava muito trabalho e exigia muito tempo, eu ria-me e dizia que isso era exagero... Agora já não rio, pelo contrário... Estou a 10 dias do meu casamento e tem sido uma maratona de preparativos. É claro que eu poderia neste momento estar muito mais relaxada se não tivesse tido a ideia de fazer as prendas para os convidados, se não inventasse que havia de ter um ofertório com a entrega de dons e se não tivesse também que preparar a minha mudança e mobilar uma casa estaria bem... Somem-se mais umas confusões familiares e digamos que tenho que dar a mão à palmatória: planear um casamento dá mesmo muito trabalho!
Dizem que cada vez as pessoas se casam menos e que aumentaram as uniões de facto.
Dizem que os casamentos são caros e a despesa não compensa.
Dizem que os divórcios aumentaram.
Dizem que o casamento é uma instituição gasta.
Dizem que o casamento só serve para o cultivo das aparências...
Dizem tudo isto e consciente disso e de tudo o mais, a verdade é que vou casar.
Recebi este selo da Saltapocinhas. Tem uma certa graça tê-lo recebido neste momento em que sinto algumas dificuldades em resolver a minha vida.
Como estou afastada dos blogues... quem se sentir uma mulher bem resolvida está à vontade para levar o selo.
Talvez tenha chegado o momento da mudança. O tempo de dar aquele passo em que se tem de abandonar a segurança que tivemos até agora e arriscar em algo novo e ainda incerto.
Sei que ontem tomei uma decisão que se constituiu num pequeno passo nesse sentido.
Contudo, os medos ainda me assaltam. Ainda olho para esta nova perspectiva como algo vago, mas por outro lado cada vez mais nítido.
Tenho tanto medo de sonhar de mais... tenho também medo das consequências. E se não resulta? Poderei voltar a encontrar a mesma rede de segurança que me manteve até hoje?
O ano para mim não começa em Janeiro. Começa geralmente em Setembro, mês do meu aniversário e do início do ano lectivo. Daí que a entrada no novo ano oficial não seja algo muito entusiasmante para mim. Contudo, é um ritual de passagem, há uma paragem festiva para que se possa cumpri-lo e, como é hábito, também decidi fazer um pequeno balanço pessoal de 2008, para mais tarde recordar.
Em termos pessoais quase me parece que houve 2 anos distintos, dado que a primeira metade do ano foi bastante diferente da segunda metade.
A primeira metade foi má em termos profissionais e, consequentemente, em termos pessoais. No entanto, foi necessária para a preparação dos acontecimentos da segunda metade e acabou por ser uma etapa necessária, de crescimento.
A segunda metade trouxe-me mais alegrias e concretizações. Subi ao palco, encontrei novas perspectivas profissionais, conheci novas pessoas, iniciei um novo curso.
Fazendo um balanço geral, este foi um ano de muitas descobertas e aprendizagens. Aprendi coisas sobre mim própria que desconhecia, descobri potencialidades novas, mas também percebi melhor os meus limites. No fundo este foi um ano de grande crescimento e uma etapa importante na minha vida.
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Aproveito para vos desejar um excelente 2009.
De Natal para Natal só entro no espírito da coisa mesmo em cima do acontecimento. Tenho a impressão de que para o próximo só me vou aperceber de que é Natal no dia 25.
De qualquer modo, se alguém ainda passar por aqui (porque isto tem andado abandonado) desejo um Feliz Natal.
Foi há um ano que fiz aquela viagem. Sem saber muito bem no que me ia meter, sem saber o que esperar, sem sequer ter tido qualquer cuidado com a segurança, entrei no barco e atravessei até à outra margem.
Este ano lectivo parece-me que vai ser bastante diferente do anterior. Para começar vou dar aulas a adultos e não a adolescentes e só isso faz toda a diferença. Vou também estar afastada dos currículos oficiais e embrenhar-me em referenciais, competências, temas de vida...
São novos desafios. E para já este trabalho já me obrigou a desafiar-me a mim própria, levando-me a fazer a minha primeira viagem mais longa de carro.
Estou entusiasmada. Sei que vou ter de trabalhar muito. Sei que vou ter de viajar bastante. Sei que vou gastar fortunas em gasolina, mas algo me diz que este ano lectivo vou se mais feliz.
Sábado vou pisar novamente o palco. Desta vez é um espaço diferente, mais intimista. Espero que a representação ainda seja melhor do que as anteriores. Aqui fica o convite:
A estreia foi fabulosa. Um dia inteiro de nervoso miudinho onde experimentei tudo o que se pode sentir quando se está nervoso. Mas o pior foram mesmo os minutos antes de entrar em cena. Foi uma espera angustiante.
E depois os nervos em palco. O medo de nos esquecermos do texto. As brancas momentaneas, o sentir o público, mas, ao mesmo tempo, a adrenalina e o gozo de estar ali a contar uma história àquelas pessoas.
O domingo não correu tão bem. Já não havia aquela expectativa do dia anterior. O espectáculo foi à tarde, estava calor, muito calor e representar com um casaco de fazenda vestido não é nada agradável. E depois estava pouca gente. Não dá tanta "pica". Infelizmente foi a representação de domingo que foi filmada. Se quiserem ter uma ideia da peça dêem aqui uma espreitadela e talvez para a próxima possam aparecer para ver ao vivo:
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