Do que gosto mais em mim ultimamente é desta capacidade que ganhei de não me render depois de uma desilusão e de procurar sempre uma luz ao fundo do túnel. É claro que muitas das minhas ideias são utópicas, porque me falta o tempo para realizar tudo o que desejaria, mas se uma falha, nasce-me outra e outra e outra. Ainda bem que alguma coisa me faz acreditar em mim e nas minhas capacidades.
Sim, apercebo-me agora que as minhas amigas tinham razão, mudei muito. Certas experiências e circunstâncias levaram-me a mudar e ainda bem. Talvez seja daquelas pessoas a quem os momentos maus tornam mais forte. O que é certo é que, embora frustrada por esta situação em que me encontro, embora às vezes tenha vontade de subir às paredes quando as saudades do meu trabalho apertam e vejo tantas injustiças, embora quando à sexta-feira fique sempre um pouco triste quando vejo a lista que não traz o meu nome, embora coma um bocado mais do que devia, não me abandono ao desespero como outrora. Ao invés de cair numa depressão, como antigamente, vou à luta, tento encontrar saídas, trabalho, estudo porque como me disse um dia uma colega (e eu na altura não acreditava), "tens jeito para tanta coisa, que mereces um emprego".
E eu acredito que mais dia, menos dia hei-de conseguir.
Era uma vez uma menina que desde muito pequena só queria ser uma coisa: professora. Nunca soube porque nasceu aquele desejo, mas a menina, por muito que a tentassem desviar, nunca desistiu daquele sonho. Lutou e conseguiu, mas depois... Depois descobriu que às vezes não chega realizar um sonho porque a realidade é bem diferente do que se sonhou, porque há sonhos que têm dificuldades para se manterem vivos.
Enganaram-na, iludiram-na deixando-a ser professora. Durante alguns anos tudo parecia correr bem, apesar dos pequenos problemas inerentes à profissão, mas que não tinham força para a desviar daquele caminho, já que os momentos bons compensavam os maus e ela gostava do que fazia. Mas, ao invés de os obstáculos diminuirem, ela viu calhaus cada vez maiores atravessarem-se no seu caminho até à escola. Hoje ela tenta escalar uma enorme rocha, às vezes parece avançar depressa, mas outras só consegue avançar uns milímetros e ela teme não a conseguir escalar a tempo de chegar.
Contudo, a menina percebeu que não podia continuar a olhar em linha recta. Aos poucos foi descobrindo outros caminhos, uns mais próximos, outros mais afastados. Foi aventurando-se por alguns, descobrindo talentos e prazeres desconhecidos, sentindo, às vezes, que perdera demasiado tempo a caminhar em linha recta.
Agora ela não sabe o que fazer. Não sabe se há-de insistir em escalar a rocha; se experimente fazer um pequeno desvio de onde colherá poucos frutos; se experimente um novo caminho; se vá por uma das várias estradas secundárias que a conduzirão à meta, mas demorando por elas muito mais tempo...
Neste momento são muitos caminhos e ela não sabe o que escolher. Por agora vai-se tentando preparar para qualquer uma das viagens, caminhando sempre, enquanto espera que o tempo lhe traga uma resposta.
Estou a participar num desafio lançado pela Verdesperto (http://verdesperto.blogspot.com). Com uma folha de papel que foi distribuída por igual às participantes, criámos dois objectos. Os meus foram estes:
Agora as peças estão em votação e eu preciso que votem em mim. Para isso têm de enviar um email para verdesperto@gmail.com e dizer que querem votar nos trabalhos da Cristais &Companhia, ou então, indicar este link: http://www.flickr.com/photos/43975122@N00/261456324/
Obrigada, desde já pelos vossos votos.
A paisagem do Douro é belíssima. Vale bem a pena seguir a estradinha cheia de curvas que desce até ao Pinhão. Que vontade de parar para admirar a paisagem!
Pinhão é uma terra simpática, mas a estação é verdadeiramente o ex-libris devido aos seus painéis de azulejos. Fotografei-os todos, mas como não os posso colocar todos deixo-vos alguns exemplos.
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