O presente
"I will build my world, I will sing my songs
I will keep my helmet on"
a música ensinou-me mais uma vez o caminho
despertou o que começava a ficar esquecido
no caminho do ouvido ao coração
escutei a minha razão
abandonei o sonho impossível
e agarrei-me ao que posso realizar
Basta
Está na hora de continuar
E deixar de encarar como principal
o que me usa como acessório
I'm free
I broke the walls
I do what I want
I'm not afraid of the future
And even if I can't control my feelings sometimes
I will keep going
And I will raise my voice
In every language
Because
You can't ruin my world
I will keep my helmet on
Cinema
O violino rompe o silêncio
Impõe a sua feminina voz e
Canta uma história
De amor
Não correspondido
De amor sofrido
De saudade de corpo presente
Dolentemente
O violino chora
Até ao romper da lágrima
Que nasce do coração dorido
E entra pelos ouvidos de alguém
Cada vez tenho menos paciência para operadores de telemarketing. Eu sei que eles apenas estão a fazer o seu trabalho, mas que chateia estar constantemente a ser perturbado por telefonemas desse carácter, a publicitarem produtos que não me interessam, lá isso chateia. Ainda por cima até fora de casa não me livro destes telefonemas indesejados, porque eles já "atacam" também os telemóveis. Não gosto de ser mal-educada, mas quando dizemos logo de início que já conhecemos o serviço em questão e não estamos interessados, porque é que a pessoa do outro lado insiste em nos ler aquele texto preparado e repetido mecanicamente vezes sem conta?
Finalmente parece-me que Aveiro ganhou a livraria que merecia ter há muito tempo. Repleta de livros, abrangendo várias áreas, num espaço agradável e bem organizado onde além de se poder ver à vontade os livros, para decidirmos se vamos comprar, se pode beber um café, lanchar e literalmente ter conversas com livros. Foi uma boa surpresa para o meu final de tarde. Ainda bem que subi ao andar superior do centro comercial onde já não ia há algum tempo.
Perdidos
Esta série deixa-me completamente perdida. Principalmente porque apesar de dar em dois canais diferentes, não consigo ver os episódios todos, mas também porque me surpreende sempre e desafia a minha capacidade de raciocínio.
#1# "Sampaio fez a primeira aparição à civil"
Mais ou menos por estas palavras, um jornalista da RTP anunciou a primeira aparição pública de Jorge Sampaio depois de deixar o cargo de Presidente da República. Bom, que eu saiba o cidadão Jorge Sampaio não era militar, não usava farda, e não abandonou qualquer patente militar, então como é que agora passou a andar à civil?
#2# "Tem-se verificado um grande abandono de gatos nas últimas semanas"
Esta notícia relaciona-se com a famosa gripe das aves e com o aparecimento na Alemanha de um gato infectado com o vírus H5N1. É óbvio que os gatos podem vir a ser portadores de tal doença, dado que gostam de caçar aves (tenho, infelizmente, em casa exemplos disso), mas ainda não apareceu qualquer ave infectada no nosso país, nem se sabe se os gatos poderão vir a infectar os humanos, por isso não se justifica que as pessoas abandonem os seus animais, ou mesmo peçam o seu abate. Além de que ao abandonar os animais não se estão a proteger contra a gripe, podem ainda estar a potenciar o contágio, uma vez que um animal abandonado deixa de ser alimentado e vai precisar de providenciar o seu próprio alimento. Por outro lado, quem é capaz de abandonar um animal doméstico, é capaz de abandonar uma pessoa. Se calhar tenho de começar a pensar em precaver-me porque ando com sintomas gripais, não vá as pessoas que me são próximas pensarem em abandonar-me...
#3# "Professor de 47 anos foi brutalmente agredido numa rua movimentada e em pleno dia. Apesar de muitas pessoas estarem àquela hora a entrar num autocarro do outro lado da rua, ninguém se apresentou a dar o seu testemunho"
Este facto ocorreu na minha cidade, numa rua movimentadíssima, no local onde durante cerca de um ano costumava apanhar o autocarro. Um homem de 47 anos circulava de um dos lados da avenida, do outro lado três indivíduos decidiram atravessar a rua para o apanhar. Atiraram-no ao chão, espancaram-no, roubaram-no e ninguém viu nada e, pior, ninguém fez nada para o impedir.
Vivemos, é certo, tempos difíceis em termos de segurança. As pessoas têm medo de "dar a cara" por temerem represálias e a lei não as protege. O medo, o envolvimento num processo burocrático, o receio de vir a ter chatices, a filosofia do "não é nada comigo, é melhor ficar quieto", a paralisia que se dá ao assistir ou sofrer um acto de violência, a falta de solidariedade que impera na nossa sociedade, tudo isso pode justificar o facto de ninguém querer "dar a cara".
Creio, embora nunca ninguém possa saber como vai reagir perante uma situação, que se tivesse testemunhado esta agressão, o medo me poderia paralisar no momento pelo insólito da situação e não me oferecesse possibilidade de defender o senhor (a única coisa que poderia fazer naquela situação talvez fosse gritar), mas por certo seria incapaz de viver com a minha consciência se tivesse alguma informação que pudesse ajudar a polícia a apanhar os perpretadores de tal acto.
Contudo, também "aqueles" que mandam têm de fazer algo para oferecerem protecção aos heróis que se atrevem a "dar a cara" e a demonstrar sentimentos humanitários. Afinal não podemos continuar a pactuar com os que se aproveitam do Medo.
Já há alguns dias que não deixava aqui as minhas impressões. No decorrer destes dias vários momentos houve em que quis registar aqui algumas das minhas reflexões, mas ou porque as tarefas profissionais não o permitiam, ou porque o cansaço era mais forte, ou por outra qualquer razão, acabei por adiar o registo. Por isso são várias e variadas as impressões que aqui vou deixar.
Desde o início do ano que me "andava a fazer" a mais duas horas no meu horário. Considerei-as minhas por direito: sou a professora da turma que tem um aluno estrangeiro, que por lei, tem direito a apoio a Língua Portuguesa. Muitas pessoas se puseram do meu lado, o Conselho Pedagógico decretou em Dezembro que o aluno devia usufruir do apoio, mas o que é certo é que só agora me atribuiram essas duas horas. Para quem não esteja por dentro da vida de professor contratado, terá alguma dificuldade em compreender o meu interesse em obter mais duas horas de trabalho. É que a luta de qualquer professor na minha situação, é sempre obter tempo de serviço que lhe permita aproximar-se de uma posição em que possa integrar o quadro. Até agora eu precisava de trabalhar quase três semanas para completar uma semana de serviço. Fiquei satisfeita com a notícia de que ia ter mais duas horas. Mas essa espécie de "presente" trouxe consigo contrapartidas. Bem costuma dizer o meu pai "ninguém dá nada a ninguém". Pois é, é que para além de ser obrigada a ficar na escola uma manhã inteira para dar apenas 90 minutos de aulas, ainda sou obrigada a dar mais uma hora de trabalho gratuito à escola, pois passo a ter uma "hora de estabelecimento". E em que pretendem que ocupe essa hora? Aqui é que está a gota de veneno: a adaptar os testes dos meus colegas em função das dificuldades do meu aluno... É que pelas reacções que alguns dos meus colegas têm tido em relação a tudo o que toque alterar instrumentos de avaliação, ter uma colega a mexer "no que é deles" não vai ser facilmente aceite por alguns. |
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