"A Comédia da Vida" é o título do projecto teatral que me tem ocupado já há alguns meses. Foram muitos ensaios, muitas viagens de comboio a tentar decorar texto e agora, finalmente, a peça vai ser apresentada. Estou nervosa, um pouco insegura porque o texto é complicado, intenso e eu não me posso considerar actriz, até porque tenho muita pouca experiência de palco. Contudo, isto é também um desafio que eu aceitei e que quero levar até ao fim.
Além disso, gosto da personagem. Uma mulher marcada por um acontecimento do passado que a impede de levar uma vida normal. Uma mulher presa por um sentido de dever e incompreendida pela sociedade.
Deixo-vos o convite: se viverem em Aveiro vão até ao CETA no sábado, pelas 22 horas ou no domingo, às 15.30.
Eu sei que já devia estar habituada a esta coisa de colocar códigos numa página da Internet. Afinal é como quem preenche um boletim do Euromilhões ou do Totoloto: escolhem-se uns números e depois espera-se o sorteio. Este não dá milhões mas pode decidir o meu destino nos próximos meses. Estou a falar do concurso de professores.
Este ano a decisão está ainda a ser mais difícil. Há muitos "ses" envolvidos e o meu cérebro tem trabalhado nos últimos dias a um ritmo alucinante tentando equacionar todas as variantes e resolver este assunto.
A minha vontade é mandar isto tudo às urtigas, desisitir desta vida de uma vez por todas e partir para outra. Mas que outra? Se esta é incerta e está cheia de problemas, aquilo que me rodeia não é melhor.
Penso, penso e penso e não consigo chegar a uma conclusão. O que eu gosto de fazer realmente é o que ando a experimentar nas últimas semanas: ensinar quem quer aprender. Mas essa actividade não me permite ganhar o suficiente para poder viver com algum conforto, para poder sair de casa dos meus pais e ter uma vida própria.
Li algures que os 29 anos é a etapa de todas as decisões. Bem, sem dúvida tem sido um ano de mudanças, que me mostrou aquilo que está mal na minha vida e que há outras coisas. No entanto, ainda me falta a coragem de dar o salto. Não sou capaz de me atirar de cabeça, tenho de saber que se saltar os meus pés vão encontrar facilmente o chão e de que o salto é seguro.
Contudo, haverá alguma coisa realmente segura nesta vida?
Os meus blogues
Outras impressões