Domingo, 19 de Fevereiro de 2006

Impressões sobre um temporal e um apagão...

Saí de casa "na última" como diz o meu pai. Realmente esta tarde não me apetecia nada sair devido às condições atmosféricas que se faziam sentir: ventos fortes e chuva. Mas precisava mesmo de arranjar um livro para fins profissionais. Tentei o centro comercial mais perto de casa e, pela primeira vez, estacionei o carro no parque de estacionamento subterrâneo, coisa que sempre abominei fazer pela sensação claustrofóbica e labirintica que me causa. Não encontrei o livro e a meio do percurso de regresso para casa, já debaixo de uma grande chuvada, trovoada e sei lá mais o quê em ada, lembro-me de fazer um desvio até à casa de um familiar para pedir emprestado o livro.
Entretanto, as luzes da estrada apagam-se. Chego à casa dos meus familiares e não têm electricidade. Emprestam-me um livro, trocamos dois dedos de conversa, dirijo-me ao carro com o vento a empurrar os pingos de chuva para cima de mim. Estaciono o carro à porta de casa, mas, literalmente, dada a escuridão "enfio a pata na poça". Dou graças por a luz do telemóvel me alumiar para encontrar a chave correcta e inseri-la na fechadura. O apagão é geral.
Reparo então que estou molhada e sinto necessidade de um duche quente. Não há luz e embora as mãos saibam o que devem fazer, há o risco de me enganar no frasco por isso não posso tomar duche às escuras. Não encontro as velas que se costumam usar quando há corte da electricidade e de repente lembro-me de umas velinhas que foram compradas por altura do Natal e de umas velas aromáticas que sobraram do tempo em que tinha uma tara por velas desse género. Acendo várias, levo para a casa de banho e tomo duche à luz das velas. Entretanto a luz regressa, apago e guardo as velas e a luz foge de novo, acendo de novo as velas, e a luz volta e a luz vai e isto repete-se várias vezes a ponto de terminarmos o jantar à luz das velas. Já não me lembro da quantidade de vezes que apagámos e acendemos as velas, da quantidade de vezes em que interrompi a secagem do cabelo, das tentativas frustradas do meu pai para fazer uso da máquina de café, das vezes que liguei o interruptor quando não havia electricidade e de como este episódio me acabou por divertir muitíssimo.
publicado por impressoesdigitais às 01:24
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1 comentário:
De Anónimo a 22 de Fevereiro de 2006 às 11:37
Bom... mas no meio disso, essa descrição de um duche à luz das velas.... Pareceu-me bem...luis
(http://bloquito.blogs.sapo.pt)
(mailto:luismpcardoso1@sapo.pt)

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