Domingo, 15 de Janeiro de 2006
Gosto de pessoas que defendem aquilo em que acreditam mas que sabem respeitar as ideias dos outros. Gosto de pessoas que se mantêm firmes a uma linha ideológica. Não gosto de pessoas que mudam de partido apenas para alcançar um bocadinho mais de protagonismo e, quem sabe, ascender mais facilmente ao poder. Daí que tenha ficado muito desiludida com a atitude de Joana Amaral Dias. Até admirava a senhora por representar bem as mulheres enquanto deputada e pela atitude com que defendia as ideias do BE. Mas, trocar o partido para ser mandatária de Mário Soares foi um acto quanto a mim imperdoável. Se Mário Soares se apresentasse como candidato independente, tudo bem, mas Mário Soares foi apresentado como candidato do PS e o BE, ao qual pertence Joana Amaral Dias, apresentou o seu próprio candidato.
Francisco Louçã afirmou que Joana não seria sancionada, mas que quando disse que aceitaria o cargo, ele avisou-a da incongruência e do choque de interesses que isso representaria. Isso não a demoveu e lá vai ela aparecendo ao atrás do octogenário sempre que surge uma câmara de filmar, qual emplastro... Não me admira que depois disto ela surja vestida de cor-de-rosa.